07 setembro 2011

O comboio vem.

Em nós, como em outra noite qualquer,
espero.
Passeio a mente pelo teu rever,
desfilam graciosamente os sentimentos.
Esqueço-me do ontem porque o amanhã existe.


Aguardo a tua chegada permanente.
Aquela luz acesa que se reflecte em mim,
e se torna mais brilhante.
Aquela chama que acende vezes sem conta,
sem em qualquer momento se apagar.

Quanto não vale este anseio,
este pico de felicidade que me atravessa o corpo?
Quanto não vale esperar e esperar,
se na espera reside todo o amor esperado?

E quando tu chegas?
Como em todos os momentos em que tu chegas.
Quantas e quantas esperas não valeram a pena?
Transbordam as euforias já crescendo antes,
É o extase de uma vida, sempre que te vejo.
Sempre que vejo aquele comboio.

Sinto-te o sorriso antes de o ver,
Consigo ouvir o meu coração a bombear,
ao ritmo do passo apressado das gentes.
Foi nesta espera que te vi,
e será sempre nela que me deleito.

E tu chegas...
E em tudo o que me lembro,
não existiu a ausência.
Acabou a espera e começamos nós.

E é todo um mundo que nos vê sem saber,
é toda uma poesia de olhares que se cruzam,
como num recital de amor divino.

Diz-me amor, não é bom esperar?
Diz-me amor, não foi bom, esperar?

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