17 outubro 2010

Nada Leigo

Que eterna falsidade da qual dispomos. Somos um ser e apenas um, sem lucidez disso mesmo. Nunca teremos mais do que a nós próprios. É tudo ilusão, da verdade uma rejeição, medo da realidade. Divagamos nos passos, a estrada estreita, cheia do nada, a alma é só e desprezada. Repetidamente, vislumbramos o traço continuo do desenho, nem com maior empenho teremos de outrem o ganho. A carne é carne, tudo mais não há, o toque o dirá, e o desejo um verme. Do perigo o mesmo, a morte encerra. Degradada chega, e a nós, aos que pensamos que pensar existe, com frieza leva.

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